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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Se eu parar por um minuto...

Eu penso em coisas que eu não quero saber.

Eu gosto da época de férias, seilá, parece que as pessoas esquecem de quem são e fazem coisas que geralmente não costumam fazer, e sabe o que elas usam como justificativas? É férias!!
Nas férias podemos fazer inumeras coisas, por exemplo: Beber a semana toda (claro, pra quem bebe), viajar, namorar, sair todos os dias p/ um lugar diferente, andar de bicicleta por aí sem rumo, conversar o dia todo, conhecer gente nova, comprar e vender... e claro! A melhor parte: DESCANSAR. E foi descansando que cheguei a esse post, que fique bem claro! Eu não queria pensar nessas coisas, muito menos posta-las aqui. Mas é preciso. Ah! e vou logo dizendo, esse vai ser (talvez) um post de difícil entendimento.

Indaguei-me sobre todos os assuntos possíveis ao meu "Não" entendimento, são sempre os mesmos: "Não" amor, "Não" confiança, "Não" liberdade, "Não" as pessoas, "Não" começo e fim. Eu não sei mas tenho mania de pensar no abstrato, no não possível, no não imaginável, no não descritível, no não existente e essa maneira estranha de pensar é igual a minha sombra, aonde eu vou eu levo comigo. Eu também não sei o porque de pensar nisso, talvez se eu tirar o "Não" da frente eu obtenha melhores respostas, ou não, talvez seja por que eu as desconheço assim eu desconheço a mim mesmo. Eu penso que depois que eu me conhecer melhor, isto é: conhecer o meu "Sim" amor, ter "Sim" confiança, conquistar a minha "Sim" liberdade, entender "Sim" as pessoas, e então poder compreender o meu "Sim" começo e fim. Aí talvez terei as respostas para os meus "Não". (como eu disse, talvez esse seja um post dificil, as palavras estão soltas no ar, se voce conseguir captá-las e formar uma frase, esse texto será de facil entendimento).

Falar de amor é para muitos. Compreende-lo é para poucos. E tê-lo é coisa raríssima. (mas que as pessoas não se engane, pois, O Amor sempre deixa uma marca significativa)

Conhecer alguém é facil. Chama-lo de amigo é mais facil ainda. Agora confiar... é quase impossível.
"O homem que rouba a confiança do outro é o pior dos ladrões."

A liberdade - O que dizer sobre ela? Desses "Não" é o "Não" que eu mais desconheço. (talvez um dia eu encontre uma resposta filosófica para ela, ou quem sabe caia do ceu). Será que Liberdade significa ter permissão para fazer o que quer? (mas pra quem pedir essa permissão? Pra Deus? sem querer ser incredulo, ou para o governo? Assim como os passaros, eu não posso ser dono nem da minha liberdade)
A liberdade é um processo de crescimento que nao cresce nunca, e quando cresce, cresce demais. Chega de Liberdade, esse assunto está me causando enjôo. Ah! eu descobri algo valioso sobre ela: A Liberdade jamais pode ser forçada.

O ser sempre transcende a aparência. Assim que você começa a descobrir o ser que há por tras de um rosto muito bonito ou muito feio, de acordo com seus conceitos e preconceitos, as aparências superficiais somem até simplesmente não importarem mais.
Decifrar uma pessoa é algo impossível.

Agora só me resta dizer sobre o meu começo e fim... sinto muito, isso é algo muito além do meu alcance (a final, eu nao sou DEUS) Então eu fico assim: Sem começo e Sem fim.

sábado, 24 de julho de 2010

Clarice Lispector

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.



terça-feira, 13 de julho de 2010

"Creia no amor

... não desista de amar"

É com essa frase que começo o meu post, lendo essa frase tão forte eu tive a obrigação de escrever algo que fosse mais que algo. Tocar, talvez fosse isso que eu pretendia com esse texto, tocar o meu interlocutor. Mas eu percebi que eu preciso mesmo é ser tocado, sem querer ser egoísta mas esse texto eu escrevo pra mim (e claro para os meus leitores e pra quem for tocado por ele). Mas bem, vou começar com o texto e parar de escrever bobagens, ou não, depende.

Hoje, como todos os meus dias ele foi rotineiro, porém, teve algo em especial que foi essa frase: "Creia no amor, não desista de amar". Mas o que mais me impressionou foi da onde veio essa frase. Eu vou contar, mas antes preciso dizer que eu fiz uma promessa na qual eu nunca iria escrever sobre o desconhecido, mas essa frase está me dando uma inquietação, eu preciso escrever sobre o que desconheço: O Amor.

Eu estava andando com um amigo meu, eu e ele jogando conversa fora, como sempre eu nunca observo as coisas em minha volta, sou muito desligado, mas dessa vez algo virou o meu rosto para aquela moça simples, tão simples que estava ali mas ao mesmo tempo não estava. Tinha uma aparência humilde, cabelo curto para não precisar gastar dinheiro com o desnecessário, dentes amarelados, marcar no rosto que o tempo junto do cansaço deixaram fazendo dela uma moça com fisionomia triste, um corpo magro; tão magro que de perfil ela sumia. A roupa? Eu preciso nem dizer... Ela estava parada em um ponto de ónibus, usando um jaleco de colégio estadual para não pagar sua passagem, porém, por de baixo de seu jaleco tinha uma camisa preta, velha! Desgastada, mas foi nessa blusa que eu li a frase, e fiquei me perguntando: Será que vale a pena fazer apologia do amor? Se o amor é tão bom porque as pessoas dizem que não vale a pena se casar? -, É claro, eu não posso esquecer que ela era tão simples que usa aquela camisa velha por não ter outra, e não no intuito de promover o Amor. Antes que me perguntem se foi mesmo necessário descreve-la daquela forma, eu digo que foi. Ela por sua vez, teve pra mim um grande significado, um enorme valor. Percebi que nas pessoas mais simples eu posso encontrar respostas ou perguntas. Talvez se aquela moça não tivesse lá naquele ponto de ónibus parada quase invisível, eu não teria entendido que AMAR vale a pena. O Amor não é ruim, O Amor ajuda. O Amor é o Amor.
Só.

O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer

Luís de Camaões